Alexandre Vannucchi Leme
Ana Maria Nacinovic Correa
Ana Rosa Kucinski
Angelo Arroyo
Carlos Lamarca
Carlos Marighella
Iara Iavelberg
Iuri Xavier Pereira
João Batista Franco Drummont
Joaquim Câmara Ferreira
Marcos Nonato da Fonseca
Maurício Grabois
Miguel Santos Pereira
Pedro Pomar
Rubens Paiva
Vladmir Herzog
Wilson Silva, etc, etc, etc...
Esses são alguns dos mais de 400 mortos que a repressão
militar fez nos chamados anos de chumbo da ditadura.
Eles sonhavam com a implantação do comunismo/socialismo
no Brasil. Alguns aspiravam chegar ao poder pela via direta, pelo voto, pela
democracia. Outros acreditavam que o caminho era a luta armada.
De toda forma, eles estavam no meio de uma guerra. E morreu
gente de ambos os lados. Mais do lado da esquerda que da direita, vale dizer.
Atos de guerrilha, assaltos a bancos, a trens, sequestros, assassinatos,
execuções, traições, delações, torturas... teve de tudo.
O tempo – sempre o velho e implacável tempo – correu. Os tempos
mudaram. Aqueles que estavam nesta luta e sobreviveram chegaram ao poder. Os
mais moderados, na pele dos tucanos por meio de figuras como Fernando Henrique
Cardoso e outros como Leonel Brizola, Miguel Arraes; e os mais agressivos, nas
figuras de alguns petistas, pedetistas e peemedebistas, ou membros dos partidos
comunistas e socialista, como Dilma Rousseff, Aloysio Nunes, Franklin Martins,
Fernando Gabeira e José Dirceu... E os novos, aqueles que surgiram no meio do
processo, como Lula, por exemplo.
Entre mortos, desaparecidos, feridos e afins, uma imensa
camada de dor e desesperança ficou registrada na história do Brasil.
A pergunta que certamente esses mortos e desaparecidos estariam
fazendo é a mesma que fazemos: valeu a pena lutar, matar e morrer para isso que
estamos vendo acontecer no país? Esses grupos chegaram ao poder e se aliaram
justamente com os algozes de ontem. E fizeram exatamente o que eles fizeram:
ficaram montados nas costas dos trabalhadores, como sanguessugas, aumentando
parcialmente as migalhas que caem da mesa dos poderosos e mandões,
lambuzando-se no melado apodrecido e fétido da corrupção?
Como será que Marighella reagiria ao saber que seu
companheiro de armas Aloysio Nunes hoje anda de braços dados com o senador
Ronaldo Caiado, ícone daqueles que selvagemente os combateram em nome da
preservação da ordem e da caça aos comunistas “vermelhos” patrocinados pelo “ouro
de Moscou”? Caiado não mudou de lado, é um homem coerente com o que sempre
defendeu.
A história do Brasil carece de uma grande revisão.
Que Deus tenha piedade da alma daqueles que morreram para
defender um futuro tão sombrio e violento quanto o presente que eles
vivenciaram.
Parabéns.
ResponderExcluirSíntese da conjutura.
Faço o questionamento não do que vale a pena?
Mas, como os antigos diziam:
Diga-me com quem andas?
Lhe direi quem tu és.
Abraço.
Carmen Gameiro.
Parabéns.
ResponderExcluirSíntese da conjutura.
Faço o questionamento não do que vale a pena?
Mas, como os antigos diziam:
Diga-me com quem andas?
Lhe direi quem tu és.
Abraço.
Carmen Gameiro.